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Dicas de Biografias

17 fev
barack1Barack Obama iniciou a campanha presidencial  dos EUA como azarão. Com retórica impressionante e o carisma dos grandes líderes, atraiu a atenção dos americanos e do mundo para si, conquistando a admiração global. Em “A Audácia da Esperança – Reflexões Sobre a Reconquista do Sonho Americano” (Larousse, 2007), ensaio autobiográfico escrito de próprio punho, Obama oferece sua visão de mundo e seus valores em texto recheado de observações pessoais. Analisa Bush, a vida nos EUA, o Congresso americano, as tensões raciais e religiosas, o Iraque, o papel da mídia, o comércio global e as energias renováveis.
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Vencedora do prêmio Jabuti de “melhor biografia” e “melhor livro de não-ficção”, a obra “Carmen: Uma Biografia” (Companhia das Letras, 2005) apresenta a fascinante história de Carmen Miranda, a brasileira mais famosa do século 20. Com texto envolvente, riquíssimo em detalhes e histórias de bastidores, o jornalista e escritor Ruy Castro reconstrói a meteórica e conturbada trajetória da estrela, revelando a história de sua intimidade e de sua vida pública, desde seu nascimento até a morte precoce aos 46 anos, vítima do abuso de substâncias que massacraram seu organismo. Saiba mais sobre o livro.

Leia um trechinho clicando aqui.

Fórum de Literatura do Estado do Ceará – FLEC

13 fev

 

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“Vai dar meia-noite, Lemos!”

uma ata subjetiva da segunda reunião do

Fórum de Literatura do Estado do Ceará

Mais cadeiras ocupadas e devidos pensantes, mas, não ainda em profusão. Falta platéia e divulgação, não idéias e debates. Só a notícia via e-mail que o regimento interno estava pronto só aguardando análise e aprovação da assembléia geral, já mostrou que o Fórum não estava esvaziado. O conteúdo estava ali, bastava aos escritores e interessados alimentarem o movimento.

Carmélia Aragão ficou responsável em garantir que todos os presentes assinassem a lista de presença, enquanto Jorge Piero, ninguém entendeu ao certo buscava uma pinça de sobrancelhas. Vaidade? Segundo ele era apenas para consertar alguma ‘coisa’ do data show ou na tomada para ligar o notebook. Mas, não foi bem assim que a segunda reunião do Fórum de Literatura do Estado do Ceará – por economia FLEC – começou.

Aos 10 de fevereiro de dois mil e nove, realizou-se no salão Meireles do Ideal Clube a segunda reunião do Fó… Peraí porque ser um mero registro burocrático? Vinte e poucos presentes, alguns ausentes após uma hora de conversa. A pauta era técnica discutir ponto a ponto o regimento interno do fórum que foi elaborado por uma comissão provisória. “Por que regimento?” – logo interveio Lemos, um senhor de cabeça branca, de idéias muito frescas, novas e observações convenientes. Essa foi a primeira polêmica: regimento ou estatuto? Estatuto ou normas internas? Só ele para diferenciar tudo isso e nos convencer que eram Normas de funcionamento, que podiam ser provisórias ou não. “Há ainda questões que são transitórias”, ele repetia.

Em cada frase, parágrafo e artigos além das letras que se viam, discussões semânicas, técnicas, sentidos e implícitos. Pura análise de discurso. Um tal de enxugar texto, buscar significados, fugir das redundâncias, ser razoável. Ler as entrelinhas e excluir possibilidades de interpretações falhas. O peso do papel, das possíveis leituras além, deixar o próprio nome na história ao assinar a ata. Tamanha a responsabilidade de cada um, ali. Riscar palavras, reescrever trechos. Entre tantos artigos e parágrafos propostos, um consenso bem resolvido desde o início: apesar do apoio da Secult o FLEC é autônomo.

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Debate esvaziado????

1 fev

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Cinco cadeiras ocupadas e pontos de interrogação mil. Na lista de presença: eu, Francílio Dourado, Roberto Gaspar, Lúcia Lustosa e um rapaz que não por querer esqueci o nome… A segunda reunião do Fórum Cearense de Literatura estava marcada para a terça-feira, dia 27 de janeiro.  Fiz questão de chegar antes da hora e fui surpreendida com os quatro colegas batendo papo enquanto esperavam alguém da Secult ou da Secultfor, ou ainda alguem livreiro,  editor, escritor, poeta… E nada!

A  conversa ficou interessante  cada um contado  suas experiências com as letras…   A risadaria ficou por conta dos s causos de Barbára de Alencar e Jovita Feitosa contados  com muitos detalhes pelo Roberto Gaspar.  Mas, nada de ninguém chegar. Cogitou-se que  a reunião fora cancelada devido a missa de sétimo dia do ex-prefeito Juraci Magalhães, depois devido ao secretário de cultura do estado Auto Filho teria viajado para participar do Fórum Social Mundial. Não sei ao certo o que houve mas, não foi comunicado nem mesmo por e-mail que não haveria reunião.

Todos que participaram da primeira reunião no dia 13 quando o Fórum foi instituído  deixaram registrados seus e-mails, porque alguém da secretaria não tratou de avisar que o evento fora cancelado?  Até como uma forma de respeito, um incentivo para quem quer incentivar a Literatura Cearense. Cá entre nós, mas bateu-me um desinteresse, será que realmente ainda haverá debate? Ou a conversa toda esvaziou-se? Onde estão todos? Onde está a comissão que foi formada para discutir o Estatuto? Teria sido mera utopia acreditar que daria certo ou que o assunto só terá a devida atenção quando passar o carnaval??? Não sei, mas vou continuar acompanhado tudo…

Crônica Visitante – Fórum de Literatura

1 fev

Há alguns anos, Murilo Martins e eu, fomos a Recife para um congresso de academias de letras do nordeste. Acorreu gente de diversos estados. Achei estranho que na noite da abertura à mesa diretiva só tivesse pernambucanos. Comentei com o Murilo. No dia seguinte, observei a mesma coisa. Só pernambucanos na direção das mesas e grupos de estudos e todos os demais nordestinos na platéia. Levantei-me e reclamei.  Foi um escarcéu. Conto este fato para dizer que, nesta semana, por iniciativa da Secretaria de Cultura do Ceará, houve uma reunião, previamente agendada, para se criar um Fórum de Literatura Cearense.

A conversa foi aberta, franca e todos tiveram vez. Não se agiu à moda pernambucana. Auto Filho parece ter auscultado o seu espírito gramsciano e agiu como um democrata.  A pauta foi discutida por todos, desde as secretarias de cultura do Ceará, de Fortaleza e de Maracanaú, academias Cearense e Fortalezense, grupos que publicam jornais culturais, autores, intelectuais, curiosos e até por membros do Clube do Bode, essa desinstituição – desinstituição mesmo – que comete cultura, vez por outra.

Pois bem, louvo o modo como todos se conduziram, sem pensar em hierarquia, discutindo, ponderando no todo e admitindo haver necessidade de repensar coletivamente a literatura cearense que, no dizer do Carlos Emílio Correia Lima, vanguardista e polêmico escritor, precisa se tocar e mostrar uma nova cara. Não dá mais para brincar de cultura e literatura, ou restringi-la apenas aos acadêmicos, tampouco se empanturrar com salgadinhos e bebidas em lançamentos contínuos de livros que são publicados e que não têm, na sua maioria, qualidade literária alguma.

É bom lembrar o célebre diálogo shakespeareano entre Polônio e Hamlet em que aquele pergunta a este: “O que estais lendo, meu Senhor?” Ao que Hamlet responde: “palavras, palavras, palavras”. Um aglomerado de palavras não é, necessariamente, um livro.  É bom que a fogueira das vaidades diminua suas chamas e a modéstia possa habitar as mentes dos que estão, a partir da tarefa delegada, incumbidos de  institucionalizar o Fórum, como elemento condutor de um novo tempo para a literatura cearense. Seja este ano de 2009, regido pelo sol, o astro a iluminar a nossa  equatorial terra comum e que, igualmente,  possa aquecer a imaginação de  todos os intelectuais e agentes da cultura,  encarregados da faina. Mãos à obra.

João Soares Neto

Publicado no Portal dos Amigos do Livro