Ano Patativa do Assaré
13 fev
“É mais manso e tem mais inteligência
Do que o sábio que trata de ciência
E não crê no Senhor da Natureza”
( Trecho de “O burro” )
“Cá no sertão eu infrento
A fome, a dô e a misera.
P’ra sê poeta divera
Precisa tê sofrimento…”
(Cante lá que eu canto cá)
“Sem puder fazer escolha
De livro artificial,
Aprendi nas lindas folhas
Do meu livro natural”
A temática sertaneja com suas dores, fome e secura retratadas por quem sentiu na pele as cores do que é viver a realidade da seca. Versos que ganharam o mundo levando consigo a história de Antônio Gonçalves da Silva, o Patativa do Assaré. Li no Blog Liberdade Digital , que tramita na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) do Senado Federal, um projeto do senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) para instituir 2009 como Ano Nacional Patativa do Assaré. Este ano nosso poeta do povo faria cem anos, se vivo estivesse. Uma boa lembrança do político, já que não se vê por aí moção de qualquer homenagem ao Patativa.
E o povo inventa cada coisa…
1 nov
Mausoléu virtual – a nova mania da internet
são os perfis de pessoas mortas
Essa eu li no site da Folha de São Paulo. A criatividade do homem não tem limites quando se trata de explorar até mesmo a saudade de entes queridos. Segundo a reportagem, em apenas três meses na internet, o Espaço Viver já abriga 240 mil mortos. É o primeiro cadastro nacional de mortos do país, segundo o idealizador, o engenheiro civil Maurício Costa, 57, que pretende fazer um levantamento global de todos os óbitos nacionais. Vários municípios estão mobilizados para se cadastrarem no site, até mesmo estudantes universitários estão sendo contratados como bolsitas, como em Hidrolândia, GO. Como mostra esta matéria.
Entre as vantagens oferecidas pelo serviço está a disponibilização de perfis de pessoas com fotos, vídeos, homenagens e recados dos parentes que ficam. Um modelo comparado com o orkut e facebook.
Tirando a parte “estranha” de enviar textos de homenagem para os falecidos, os sites deste tipo arquivam informações que podem ser relevantes. Entre os principais argumentos está a questão de utilidade pública: ” O Espaço Viver disponibiliza um sistema de busca de pessoas falecidas a nível nacional, inteiramente gratuito. Este banco de dados é chamado de Cadastro Nacional de Falecidos e sua atualização é constante. Com esta ferramenta qualquer pessoa poderá encontrar familiares ou entes queridos que tenham já falecidos”.
Para os interessados a inclusão do nome é gratuita, assim como outros serviços, como deixar mensagens de afeto e montar a árvore genealógica da família. Entre os planos pagos, o mais barato permite a inclusão de uma homenagem de 1.500 caracteres e uma foto. O mais caro comporta 60 fotos, uma biografia e vídeos.
A idéia não é original. Há o Footnote –versão norte-americana que já tem mais de 80 milhões de mortos cadastrados.
Perguntar não ofende: e por acaso lá no céu ou no inferno vai ter internet a cabo?
Com informações do Site da Folha.