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Amor. alegria. dor.lágrimas. cor.esperança e um blog

24 nov

 

Mãe escreve para filho conhecer pai, morto antes de seu nascimento

 

cris-guerraPara o filho que não conheceu pessoalmente o pai, Cristiana Guerra, 38, escreve. Começou em um blog, o Para Franscisco http://www.parafrancisco.blogspot.com). Agora, chega às prateleiras de livrarias, com o lançamento do livro homônimo

A história da publicitária mineira parece filme: quando estava grávida de sete meses, perdeu o namorado –o coração dele parou de repente.

No meio do caminho, ficaram lembranças, expectativas e saudades. Para agüentar a dor da perda do amor da sua vida e entender a alegria pela chegada do outro amor da sua vida, começou a escrever.

“Era um registro. Eu ia escrevendo e guardando virtualmente, aproveitando para dividir com quem quisesse ler”, disse em entrevista à Folha. “Mas achava que a minha história tinha um aspecto particular demais para que alguém se interessasse por ela. Com o tempo, quando cada vez mais pessoas começaram a ler e se emocionar, imaginei que era o inusitado da história que as tocava. Quantas pessoas você conhece que ficaram viúvas enquanto estavam grávidas?”

O blog Para Francisco nasceu em julho de 2007, dois anos após o início do namoro de Cris e Gui, um ano depois da descoberta da gravidez, seis meses depois da morte dele e quatro meses após o nascimento do bebê. Os textos, escritos em forma de diário, logo ganharam repercussão –o blog recebe cerca de 2.000 visitas por dia.

“Eu queria falar para o Francisco, mas também queria falar comigo mesma. Queria falar sobre o pai dele, sobre mim, sobre o que eu tinha vivido e sobre o que eu sentia. Eu já tinha perdido mãe e pai e sabia que, por uma questão de sobrevivência, as lembranças frescas do Gui iriam me fugir. Achei injusto, com o Francisco e comigo, que as lembranças se perdessem com o tempo, e o blog se tornou um compromisso diário, constante“, afirmou.

O convite de uma editora surgiu neste ano. As 192 páginas do livro são compostas principalmente de textos do blog. Há, também, e-mails trocados entre o casal, mais de 20 textos inéditos –esboços que não tinham virado post– e uma carta para Guilherme, “escrita de uma vez só”.

O lançamento, ela diz, é uma aposta. “O sucesso do blog, para mim, funciona como um teste do livro. Acredito que, agora, publicadas, as cartas para Francisco possam tocar também as pessoas que não têm o hábito de ler blogs  e as que preferem um livro.”

      Fonte: Folha Ilustrada 18/11/2008

      http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u468762.shtml 

Ainda não li o livro da moça, no entanto, fiquei tocada pela história de vida,  fortaleza e esperança.  Ainda mais quando vi os dois vídeos da Cristina Guerra que estão disponíveis no You Tube…

 

        

       

       

 

E o povo inventa cada coisa…

1 nov

 

 

Mausoléu virtual – a nova mania da internet

são os perfis de pessoas mortas

 

Essa eu li no site da Folha de São Paulo. A criatividade do homem não tem limites quando se trata de explorar até mesmo a saudade de entes queridos. Segundo a reportagem, em apenas três meses na internet, o  Espaço Viver já abriga 240 mil mortos. É o primeiro cadastro nacional de mortos do país, segundo o idealizador, o engenheiro civil Maurício Costa, 57, que pretende fazer um levantamento global de todos os óbitos nacionais. Vários municípios estão mobilizados para se cadastrarem no site, até mesmo estudantes universitários estão sendo contratados como bolsitas, como em Hidrolândia, GO. Como mostra esta matéria.

 

Entre as vantagens oferecidas pelo serviço está a disponibilização de perfis de pessoas com fotos, vídeos, homenagens e recados dos parentes que ficam. Um modelo comparado com o orkut e facebook.

 

Tirando a parte “estranha” de enviar textos de homenagem para os falecidos, os sites deste tipo arquivam informações que podem ser relevantes. Entre os principais argumentos está a questão de utilidade pública: ” O Espaço Viver disponibiliza um sistema de busca de pessoas falecidas a nível nacional, inteiramente gratuito. Este banco de dados é chamado de Cadastro Nacional de Falecidos e sua atualização é constante. Com esta ferramenta qualquer pessoa poderá encontrar familiares ou entes queridos que tenham já falecidos”.

 

 Para os interessados a inclusão do nome é gratuita, assim como outros serviços, como deixar mensagens de afeto e montar a árvore genealógica da família. Entre os planos pagos, o mais barato permite a inclusão de uma homenagem de 1.500 caracteres e uma foto. O mais caro comporta 60 fotos, uma biografia e vídeos.

A idéia não é original. Há o Footnote –versão norte-americana que já tem mais de 80 milhões de mortos cadastrados.

 

Perguntar não ofende: e por acaso lá no céu ou no inferno vai ter internet a cabo?

 

 

Com informações do Site da Folha.