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Escrever, publicar e distribuir – Desafios da criatividade

5 ago

3714026540_8a67eed970_mParedes, papiros, manuscritos, mimeógrafos, Xerox, fanzines, blogs. Uma evolução com a mesma essência: registrar o conhecimento e disseminá-lo, uma tarefa muitas vezes ousada e proibida – alguns poetas marginais travestiam-se de pseudônimos.

Publicar um livro ainda não é tão simples quanto parece, quanto poderia se imaginar na modernidade.  O quanto poderiam fazer por nós com computadores e as máquinas.  Algumas experiências de publicar livros sob demanda na internet são inovadoras e até interessantes como a Fábrica de Livros e o Clube de Autores, mas esbarram ainda nos altos custos.  No site Livros e Afins, o Alessandro Martins publicou uma boa pesquisa sobre isso.

Surgiram também os e-books.  No entanto, nada como estar na vitrine de uma livraria. Nada como folhear as páginas, sentir o cheiro de papel novo, ler as orelhas. E até “curiar” alguns trechinhos e constatar se vale mesmo a pela levá-lo para a estante de casa.

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Incentivos para escritores e o problema da má formação de leitores

21 jan

* Dei um controucêcontrouvê e colei a matéria na íntegra aqui. O texto levanta muitas questões, por isso grifei algumas partes.  Como um escritor pode sobreviver longe das prateleiras? O patrão é o leitor e todo escritor precisa ser lido, até mesmo porque ganhar dinheiro a partir de livros é privilégios para poucos neste país de “desletrados” – leia-se letrados desinteressados ou ‘desdinheirados’ por não acredito que o analfabetismo seja tão significativo hoje.

É verdade que todos os dias pipocam novos editais de incentivo a cultura. Mas, talvez o grande desafio ainda seja, principalmente para os novos ecritores, de como chegar ao público leitor.  Para muitos autores essa aproximação vem através da vitrine net, uma das funções das mídias eletrônicas, ditas alternativas ( Blogs), que tem o poder de interação e muitas vezes de publicação de livros muitas vezes até gratuitos. Vale tudo por um espaço na prateleira seja ela real ou não.

Incentivos permitem a autores sobreviver, mas longe das prateleiras

Bolívar Torres, Jornal do Brasil

RIO – O cenário já é conhecido: enquanto sobram escritores lançados à deriva no fluxo turbulento do mercado, faltam leitores. A equação que se repetiu em 2008 produz um resultado evidente. Salvas gloriosas exceções, é quase impossível para um artista viver de escrever no Brasil sem apoio do governo.

Os incentivos públicos para estimular a criação literária aumentaram, mas o mercado continua excluindo os novos escritores brasileiros.

Um exemplo é a Seleção Pública para Criação Literária: Ficção e Poesia, que distribuiu bolsas para 23 projetos de livro, dos quais cinco foram lançados já neste ano. Graças à bolsa, o poeta Heitor Ferraz, contemplado com o projeto do livro Um a menos, pode se dedicar com mais tranqüilidade à escrita, sem se desgastar em trabalhos paralelos.

Mas não sabe qual será o futuro do seu livro após a publicação.

Defesa de incentivo

– O edital da Petrobras é um projeto inédito que só vai poder ser avaliado mais para frente, mas que com certeza pede aperfeiçoamentos para diminuir a parte burocrática – avalia o autor.

Ferraz defende, além de um incentivo financeiro para quem escreve e a garantia de publicação, ser necessário haver uma ponte entre o autor e os leitores, como projetos de divulgação das obras publicadas.

– Ficaria triste se o lançamento fosse apenas um evento restrito para amigos – acrescenta.

– Ou seja, eu ganhei dinheiro público para escrever o livro, mas e daí? O livro não pode ir para a livraria para alguns poucos lerem…

A bolsa Funarte de Estímulo à Criação Literária também contemplou 10 escritores, dois de cada região do país. Cada autor recebeu R$ 30 mil para desenvolver um livro de poesia ou ficção.

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