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E(s)tranhas humanas, dramas, podridão de caráter

3 mar

Frases de Nelson Rodrigues

“O artista tem que ser gênio para alguns e imbecil para outros. Se puder ser imbecil para todos, melhor ainda”

Sem hipocrisias.

“Nós, da imprensa, somos uns criminosos do adjetivo. Com a mais eufórica das irresponsabilidades, chamamos de “ilustre”, de “insigne”, de “formidável”, qualquer borra-botas”

O podre de uma sociedade

“As bodas de prata são, via de regra, uma festa cínica que finge comemorar um amor enterrado”

Personagens sem caráter

“Há homens que, por dinheiro, são capazes até de uma boa ação”

A realidade crua e

“Toda mulher gosta de apanhar. O homem é que não gosta de bater” *

Quase sempre nua

“Outro dia ouvi um pai dizer, radiante: — “Eu vi pílulas anticoncepcionais na bolsa da minha filha de doze anos!”. Estava satisfeito, com o olho rútilo. Veja você que paspalhão!”

* Esta é uma das frases mais polêmicas e a que eu menos discordo.

Leia mais frases no site Releituras

Personagem de si mesmo: Nelson Rodrigues

3 mar

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Nelson Rodrigues em cartaz no Cineclube Vila das Artes

Sessões gratuitas todas as quartas-feiras de março, sempre às 18h30, na Vila das Artes


Escritor, dramaturgista indomável, jornalista, Nelson Rodrigues foi polêmico. Escreveu obras famosas, como Bonitinha mais Ordinária, Toda Nudez Será Castigada, A Serpente, entre outras que serviram de base para inúmeras telenovelas, filmes e minisséries. Pernambucano do Recife, ainda criança foi morar no Rio de Janeiro com a família. Começou a trabalhar como jornalista na década de 20, no jornal do próprio pai – A Manhã. Morreu em 21 de dezembro de 1980, aos 68 anos, depois de sobreviver a sete paradas cardíacas. Um pouco da vida deste dramaturgista brasileiro e algumas das adaptações de suas obras para o cinema estão em cartaz no Cineclube Vila das Artes, durante as quartas-feiras do mês de março. Para a seleção dos filmes a Vila contou com a curadoria dos professores Ricardo Guilherme e Gil Brandão.

Nelson Rodrigues – Personagem de Si Mesmo, documentário biográfico produzido pela TV Cultura, abre a Mostra nesta quarta-feira, dia 4, e recebe para um bate papo o teatrólogo, jornalista, especialista em Nelson Rodrigues e professor do curso Arte Dramática da UFC, Ricardo Guilherme.

No dia 11, tem Toda nudez será castigada, a obra relata a história do viúvo Herculano, integrante de uma família conservadora e povoada de tias faladeiras e beatas, que se apaixona por Geni, a prostituta. Foi originalmente escrita para o teatro em 1965 e adaptada para o audiovisual em 1973, pelo jornalista e cineasta Arnaldo Jabor. O longa recebeu o Urso de Prata no Festival de Berlim, dois Kikitos no Festival de Gramado e menção especial pela trilha sonora, de Astor Piazzolla.

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Tirar o pó dos rascunhos

3 mar

Hora de tirar aquele romance da gaveta. Aquele rascunho que você escreveu há tanto tempo e nunca pôde ou teve coragem de publicar… Esta pode ser a oportunidade para tornar a possível o lançamento da obra e ter no bolso 50 mil, 20 mil ou 10 mil reais. É o Prêmio Cruz e Sousa de Literatura que está com inscrições abertas até o dia 6 de abril.

O Prêmio Cruz e Sousa 2008-2009 destina-se a romances inéditos, escritos por brasileiros em língua portuguesa, residentes no País ou no Exterior, em duas categorias de premiação – Categoria Nacional e Categoria Catarinense.

Como participar

Os originais devem ser enviados em três vias identificadas apenas com o título da obra e o pseudônimo do autor. Os originais deverão ser digitados numa só face do papel, com todas as páginas numeradas e encadernadas em espiral.

Anote aí o endereço para envio das correspondências:

Fundação Catarinense de Cultura
Av. Irineu Bornhausen, 5600
88025-202  Florianópolis – SC

Atenção

As obras devem ser rigorosamente inéditas. Qualquer publicação, não importa o meio, se gráfico, eletrônico ou outro que possibilite acesso aos leitores, infringe esta cláusula.

O regulamento completo está disponível no site Concursos & Prêmios Literários

A desilusão da Literatura

3 mar

“Todo escritor, mesmo o mais experiente, se faz a partir dessas desilusões. Desiludir-se é o primeiro passo para a literatura. Abdicar dos encantos e das fantasias, desistir de ‘vir a ser’ – grande, genial, impecável – para simplesmente ser (…) O escritor iniciante não deve se importar em escrever bem, ou escrever corretamente, ou escrever para brilhar. Tudo isso queima – e passa. Tateando às escuras, ele deve preocupar-se, apenas, em escrever. Pode parecer fácil, mas é o mais difícil.”

Trecho do artigo A lanterna negra de José Castello, no Prosa & Verso, sobre O Pudim de Albertina (7 Letras) – livro de estréia de Natália Nami. Publicado em 14/02/2009.