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A Comissão de Educação, Cultura e Desporto da Assembleia Legislativa debateu, na tarde desta terça-feira (01/06), o problema da insegurança no entorno do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, na Praia de Iracema. O presidente da Comissão, deputado Artur Bruno (PT), destacou a importância econômica daquele equipamento cultural e cobrou uma ação efetiva do Estado, priorizando a segurança na área.
Bruno, que propôs o debate, disse que o problema da violência no local é antigo e ressaltou que “assaltos, furtos e agressões têm causado preocupação e prejuízo a donos de bares, restaurantes, produtores artísticos e moradores”. O deputado Lula Morais (PCdoB), que subscreveu a solicitação da audiência, destacou que o problema é recorrente e afirmou que é preciso discutir e buscar soluções definitivas.
A presidente do Centro Dragão do Mar, Maninha Morais, disse que a solução tem que partir de uma ação conjunta das instituições e da sociedade. Ela destacou a falta de organização das vias e estacionamentos. “Não há segurança e, em caso de urgência, o acesso de carros de Bombeiros ou ambulância é difícil”. Maninha ressaltou que, apesar da violência, o número de visitantes tem aumentado. Segundo ela, mais de 1,2 milhão de pessoas participou de eventos no Dragão do Mar em 2009.
O diretor da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Célio Moreira de Paiva, falou sobre o consumo de crack em áreas próximas ao Centro e cobrou ações efetivas da Polícia e projetos sociais para prevenção e recuperação de dependentes. Na ocasião, comerciantes também afirmaram que houve uma queda entre 25% e 30% no comércio local.
O vereador Guilherme Sampaio (PT) afirmou que já houve vários debates sobre a questão, mas o problema da segurança se agravou. “Temos a sensação de abandono ao chegar ao Dragão do Mar. A iluminação é ruim e o espaço público é ocupado irregularmente. Precisamos discutir a criação de projetos voltados a crianças e jovens da área”, cobrou Sampaio.
Dados da Polícia Militar comprovam o aumento da violência no entorno do Dragão do Mar. Em 2009, foram registrados 67 furtos e 65 roubos. De janeiro a maio de 2010 já ocorreram 34 furtos e 65 roubos. O número de autuações por perturbação da ordem, porém, caiu. Em 2009, foram 65 e, nos cinco primeiros, meses de 2010 apenas oito.
O tenente-coronel Francisco de Assis Paiva disse que o policiamento foi ampliado, ganhou reforço nos finais de semana e agora funciona 24 horas. Mesmo assim, ele alerta que as pessoas devem tomar cuidado ao chegar ao local, pois a área de estacionamento é grande, o que dificulta o patrulhamento. O major Marcelo Praciano falou da Operação Dragão Branco, que prevê a instalação de um posto fixo, onde atuariam a Polícia Militar, a Guarda Municipal e a AMC.
Também participaram do debate a secretária Regional do Centro de Fortaleza, Luiza Perdigão; representantes do Conselho Estadual da Criança e do Adolescente; da Guarda Municipal de Fortaleza; de ONGs e de moradores da Praia de Iracema e áreas próximas ao Centro Dragão do Mar.
CV/LF
Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social da Assembleia Legislativa do Ceará
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