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Ceará busca espaço no mercado editorial nacional

8 ago

Como fazer o livro produzido no Ceará circular em todo país? A questão envolve vários fatores, mas, antes de tudo é preciso ser visto para ser conhecido pelos distribuidores. Em busca de espaços de divulgação e negociação, editoras cearenses formam comitiva e vão à Bienal do Livro de São Paulo

Para fortalecer o mercado editorial cearense e mostrar a qualidade editorial dessa produção, a Câmara Cearense do Livro e o Fórum de Literatura e Leitura do Ceará resolveram unir 10 editoras cearenses e expor seus acervos na Bienal do Livro de São Paulo. A ideia não é apenas comercializar livros, mas trocar experiências com livreiros, editores, livreiros, entre outros profissionais da cadeia do livro, além dos leitores, e também participar de rodadas de negócios. Antes da Bienal, o grupo participa da 20 ª Convenção Nacional de Livrarias, que acontece de 9 a 11 de agosto.

Quem visitar o estande da Câmara Cearense do Livro, no N 45, vai encontrar um acervo diversificado de cerca de quatro mil títulos, entre livros de arte, infantil e juvenil, cordéis, entre outros.  Com temáticas que abrangem a literatura além dos regionalismos, as obras destacam-se também pelo padrão de qualidade elevado, diferenciais que as tornam uma opção a mais para os leitores.

No espaço, além de lançamentos de várias obras, haverá sorteios de livros e contações de histórias. Participam desta ação conjunta as editoras: Armazém da Cultura, Casa do Conto, Casa da Prosa, Conhecimento Editora, Editora IMEPH, Instituto Vida e Educação, Omni Editora, Premius, Smile Editorial, Terra da Luz Editorial e Tupynanquim.

Entre os livros que destacam-se pela repercussão nacional e internacional, estão “Walter Benjamin: rumo a uma crítica revolucionária”, do filósofo inglês Terry Eagleton, que teve direitos autorais adquiridos para publicação no Brasil pela Omni Editora. O livro é um estudo e uma homenagem à teoria estética do filósofo alemão Walter Benjamin, um dos mais originais de chamada Escola de Frankfurt. Pela primeira vez uma editora do Ceará celebra um contrato deste tipo para publicação exclusiva, no Brasil, de um livro em língua inglesa. Pela primeira vez uma editora do Ceará celebra um contrato de copyright para publicação exclusiva, no Brasil, de um livro em língua inglesa.

Outra publicação é “Sobrevivi, posso contar”, da Editora Armazém da Cultura. É uma biografia sobre Maria da Penha, que fez da sua tragédia pessoal uma bandeira de luta pelos direitos da mulher e batalhou durante 20 anos para que fosse feita justiça.  Ela dá nome a lei de número 11.340/06 garante mecanismos de defesa mais abrangentes para mulheres vítimas de violência doméstica.

A Terra da Luz Editorial, conhecida por seus livros de fotografias e por publicar o trabalho de Chico Albuquerque – que registrou a passagem de Orson Welles pelo Ceará – lançará na Bienal do Livro de São Paulo, “Manual do Viajante Solitário” de José Albano, que traz registros dos aspectos das viagens de motocicleta, incluindo roteiros, hospedagem, alimentação, bagagem, conforto e os riscos inerentes a esse tipo de viagem, assim como aspectos emocionais e filosóficos vivenciados pelo viajante solitário sobre duas rodas.

Onde estamos

Rua N, Estande 45 – Câmara Cearense do Livro

Fonte: http://www.cearanabienal.com/

Culture-se

16 ago

                  pilha%20de%20livros                                                  – Nota 10 para os idealizadores e produtores do Fórum Harmônicas Brasil 2009, que acontece neste final de semana. Não botei meu pezinho lá , mas gostei do hotsite e da proposta:  referência e troca de conhecimentos entre músicos e responsabilidade social. A questão foi também a democratização do acesso e incentivo a cultura – a entrada para os workshops foi um livro em bom estado. Só não sei quem receberá a doação.

–  Segundo a coluna Vai e vem do José Maria de Melo, do Diário do Nordeste, publicada na última quinta, 13.08, o vereador Guilherme Sampaio (PT),  viajou para o Eixo Brasília- Campo Grande para conhecer o projeto “Parada Cultural”, que disponibiliza livros gratuitamente nas paradas de ônibus. Outra ideia é a implantação de uma biblioteca popular em parceria com a UFC.

–  Preparem seus argumentos e justificativas. A espera pelo texto dos Editais de Incentivo às artes de 2009, da Secult deve ser breve.  No entanto já há polêmica por aí. Entre os editais anunciados pela Secult, R$ 3,2 milhões se destina as linguagens do Incentivo às Artes que incluem as categorias de dança, teatro, circo, música, literatura, artes visuais e fotografia. O restante do montante, R$ 3 milhões serão destinados ao Prêmio Ceará de Cinema e Vídeo. A discussão já foi parar no twitter como o Karlo Kardozo, @kkardozo, diretor executivo do Grupo Pã de Teatro. O Fórum de Literatura do Estado do Ceará já está se articulando… Auto Filho prometeu ouvir de cada grupo as sugestões para repartir o bolo. Um conselho: prepare os ouvidos secretário!

–  Outra luta é a implantação do Fundo Setorial Pró-Leitura, que reserva parte do faturamento das editoras ao incentivo à leitura no país.  O acordo entre o Governo Federal e a indústria editorial brasileira foi firmado em 2004, com a exoneração do PIS/COFINS sobre o preço do livro. A contrapartida era para o setor destinar 1% de seu faturamente anual para financiar ações previstas no Plano Nacional do Livro e Leitura. O projeto de lei para criação do Fundo ainda não foi aprovado. Quem está batendo de frente nesta briga é a Frente Parlamentar Mista da Leitura, que em 2008, durante a  realização do I Seminário de Políticas Públicas de Incentivo à Leitura no Brasil assumiu como uma de suas metas de trabalho a criação do Fundo Setorial Pró-Leitura, dentro do Fundo Nacional da Cultura. Caso seja aprovado, deverão ser injetados cerca de  R$ 46 milhões por ano em políticas públicas de incentivo ao livro e à leitura.