I Conferência Internacional sobre a Economia Criativa do Nordeste

7 dez
Fortaleza sedia de 08 a 10 de dezembro, no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), a I Conferência Internacional sobre a Economia Criativa do Nordeste com a participação de pesquisadores de várias universidades brasileiras e estrangeiras, além de representantes dos poderes públicos. O objetivo do encontro é discutir estratégias de fomento à economia criativa e pensar sobre como as indústrias criativas podem colaborar para o desenvolvimento do Nordeste brasileiro, mais especialmente do Ceará com intercâmbio de estudos e modelos de gerenciamento. Além disso, um novo modelo de estar na cidade poderá ser gestado no evento: os bairros criativos.
Bairro criativo – proposição a ser discutida em grupos das mais diversas áreas – é um projeto a longo prazo, mas em sintonia entre universidades, sociedade civil e poder público, que une potencialmente os agentes da economia criativa. Um exemplo no país de bairro criativo é a Vila Madalena, em São Paulo, que atrai artistas e público em busca de produtos diferenciados produzidos por artesãos. A sinergia de interesses criou um bairro criativo típico, com comércio local focado nas preferências dos moradores.
Conferência – A palestra de abertura no dia 08/12, às 20h, será ministrada pela representante da Conferência sobre o Comércio e o Desenvolvimento das Nações Unidas (UNCTAD), Edna dos Santos Duisenberg, que apresentará o Relatório Economia Criativa 2010, o mais atualizado estudo sobre o mercado, inédito no País. Fruto de um levantamento bianual, o Relatório traça um quadro conceitual, institucional e político do comércio de produtos e serviços criativos no mundo.
No dia 09/12, a pauta é a experiência da cidade australiana de Brisbane, capital do estado de Queensland, com a palestra do professor Greg Hearn, “Indústrias Criativas no Desenvolvimento Regional e Urbano: rumo a um novo modelo de política sustentável”. A experiência australiana é precursora de gerenciamento de bairros criativos – modelo de desenvolvimento considerado exemplo por vários países. O modus australiano une a universidade, a sociedade civil e o mercado em redes de desenvolvimento social e econômico e foi tema de viagem de estudos para o grupo de pesquisadores do Grupo de Pesquisa sobre Políticas Públicas e Indústrias Criativas, ligado ao mestrado em Políticas Públicas da Universidade Estadual do Ceará (Uece).
O resultado desse intercâmbio de experiências será a assinatura do Protocolo de Intenções de Cooperação Acadêmica entre a Universidade Estadual do Ceará e Queensland University of Technology (QUT). Segundo uma das organizadoras do evento, professora Cláudia Leitão, a finalidade do protocolo firmado entre as duas instituições de ensino superior é “promover a troca de experiências, de um lado o aprendizado dos pesquisadores brasileiros a partir do projeto pioneiro australiano e de outro a chance dos estudiosos estrangeiros aplicarem seus conhecimentos em uma região demarcada por potencialidades para a economia criativa”.
Observatório das Indústrias Criativas – A experiência australiana é, ainda, o ponto de partida para a criação do Observatório das Indústrias Criativas, cujo lançamento acontece na abertura do evento, dia 08/12. Ligado à Universidade Estadual do Ceará (Uece), o Observatório integra as estratégias para o fomento da economia criativa do Nordeste brasileiro. Ele funcionará com uma série de ações, sendo a primeira delas a criação de um sistema de informações com dados estatísticos sobre as indústrias criativas da região Nordeste. Também serão realizadas análises quantitativas e qualitativas sobre este segmento econômico, além de parcerias com outras instituições que pesquisem a economia criativa. A partir deste Observatório, espera-se ter uma cartografia da região.
Debates – A Conferência promove mesas-redondas, divididas por áreas em que a economia criativa é aplicada: propriedade intelectual e desenvolvimento social; audiovisual; artes visuais e indústria do livro, artes cênicas, música e festas; arquitetura, design de interiores e artes plásticas; design de moda, artesanato e gastronomia; publicidade, design gráfico, animação, softwares e novas mídias; e gestão de cidades criativas. Profissionais de renome e pesquisadores de cada área unirão experiências. Os erros e acertos da experiência chinesa são o tema da palestra de encerramento: “Fabricado na China x Criado na China: o desenvolvimento de clusters criativos em um país emergente”, ministrada pelo australiano Michael Keane.
A I Conferência Internacional sobre a Economia Criativa do Nordeste é uma realização do Governo do Estado do Ceará, por meio do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT), promoção da Uece e Instituto Cultural Anima, além de contar com as parcerias do Banco do Nordeste, Fiec, Senai, Sesi, CIC, Sebrae, Adece, Funcap, Prefeitura de Fortaleza, através de Secretaria de Desenvolvimento de Fortaleza (SDE) e apoio da FA7, Faculdade Católica, Faculdade Christus, Vega e Fotosensores.

Participação – As pré-inscrições para I Conferência Internacional sobre a Economia Criativa do Nordeste podem ser feitas no http://www.animacult.com.br/ até 07/ 12.

Serviço:
I Conferência Internacional sobre Economia Criativa do Nordeste
Data: De 08 a 10 de Dezembro
Horário: abertura às 18h30 e demais dias a partir das 8h30
Local: Auditório da FIEC – Avenida Barão de Studart 1980.
Entrada franca.
Informações: (85) 3023.6135; www.animacult.com.br; twitter

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