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Artista no Cariri propõe juntar palitos para pensar arte

27 ago

 

ninho_de_palitos

Como a denominação “Cabeças Queimadas”, projeto desenvolverá experiência em  Arte Processo com jovens da periferia do Crato.  O  inicio dos trabalho começará nesta terça-feira, dia 01  de setembro.   
 
         Juntar palitos de fósforos e depois colar de forma aleatória é o propósito do novo trabalho do artista e arte-educador, Alexandre Lucas.  O trabalho  será desenvolvido na Comunidade do Gesso, com jovens do Projeto Nova Vida. Para o artista, a localidade tem um valor simbólico, tendo em vista, que no período da sua infância e adolescência residiu nas proximidades da antiga zona de prostituição do Crato. 
           Mais que juntar e colar palitos de fósforos, o artista pretende fazer um trabalho que na arte contemporânea recebe a denominação de “Arte Processo”. Neste caso, o  percurso do processo artístico é mais importante do que o próprio resultado final. A proposta do trabalho reúne várias linguagens artísticas e da comunicação como registro fotográfico e audiovisual, vivências, produção de blogs, formação de rede de comunicação e  produção textual. Lucas ressalta que a intenção é possibilitar que o cotidiano possa  aproximar o grande público do fazer artístico. Ele destaca que o processo de fruição da arte acontecerá no próprio espaço familiar e cita que  o simples ato de juntar palitos de fósforos acarreta um mudança de habito e uma discussão sobre arte. O resultado do trabalho deverá ser transformado em material didático.
               A arte-educadora do Projeto Nova Vida,  Elizangela Nepomuceno destaca que na “Arte Processo” é criada a possibilidade reflexiva e a instigação estética a partir dos cotidiano dos participantes. A arte-educadora acredita que esses trabalhos com palitos irá  possibilitar  novas  formas de pensar a arte e o contexto social. Ela acrescenta que é importante fazer com que as pessoas se sintam parte da sociedade e da arte.   
              Edilânia Rodrigues, coreógrafa do Projeto Nova Vida destaca que esse tipo de ação é uma forma de possibilitar novos contatos e possibilidades de fazer arte. Para a coreógrafa isso possibilitar uma valorização dos alunos e ampliar o campo de conhecimento deles. Edilânia enfatiza que propostas em Arte Processo possibilitam uma metodologia de construção e de tomada de consciência em relação arte.