Não entendo porque Fortaleza é tão provinciana

3 abr

Fortaleza é uma cidade maravilhosa, apesar de seus muitos problemas… Algo que eu sempre critico é que o provincianismo às vezes, impera. Muitos cursos chegam aqui por último, quando chegam.  O mestrado em Comunicação por exemplo, foi criado ano passado na UFC. E é o único da cidade, sentiu o drama né, da concorrência para conseguir uma vaguinha por lá?

Muitos seminários e oficinas interessantes como Jornalismo Cultural ( teve uma pequena mostra mês passado trazido pelos Rumos do Itaú), Jornalismo Literário ( em breve poderemos ter novidades) e Mercado Editorial, não chegam para o público cearense. Precisamos sair daqui para respirar estes “outros” ares.

Vejo iniciativas maravilhosas como do Espaço Revista Cult que está promovendo o curso ” A arte de editar um livro: edição, impressão e distribuição”. Nem sempre, baby,  tenho disponibilidade e milhas para voar.

escola-do-escritor A Escola  do escritor está com uma oficina bem parecida, ” A arte de escrever, publicar e comercializar o produto livro“, bem aqui pertinho na Bahia.

Uma boa novidade para livreiros, editores, escritores e envolvidos neste mercado é que o Fórum de Literatura do Estado do Ceará ( FLEC), do qual faço parte da Comissão Provisória, é que temáticas como esta serão postas em prática aqui em Fortaleza. O Fórum está organizando um seminário, com convidado de fora. Aguardem!


5 Respostas to “Não entendo porque Fortaleza é tão provinciana”

  1. N.Lym 04/04/2009 às 21:10 #

    Nem me fale em comportamento provinciano! Quando toco no assunto para alguns conhecidos, os mesmos me criticam dizendo que não gosto daqui (Ce/Brasil) blá blá blá e trá. Mas convenhamos: quando se têm pérolas e as jogam aos porcos, há de se convir que na mente desses existe m**** na cabeça. Penso que até os camarões de nossas praias agiriam de forma mais inteligente(desculpe o arisco desabafo), mas é que entendo perfeitamente o que você quer dizer.

    Não duvide: a postura quanto ao ensino não apenas no Ceará, mas no Brasil e em alguns lugares do mundo, são mais antigas que a barba de Aristóteles. Atualmente, bastante precárias. Ninguém mais se entende. Em síntese: em muito a problemática das não-ofertas de pós e demais oportunidades acadêmicas aqui resume-se a uma postura feudalista e suserana por parte de uma maioria e ensino arcaico que viabiliza poucas alterações e instituições de novos e vários cursos.

    Daqui a pouco farão também sistema de cotas ou algo parecido para quem quer pleitar os poucos cursos de Pós que aqui são ofertados e, no fundo, sabemos que as cotas ou projetos semelhantes são nada mais nada menos do que motivo para eles terem alguma ocupação diante da sociedade. Conversa pra boi dormir.¬¬

    Saudade de papear com vc pelo menos via e-mail! Espero que esteja tudo bem contigo! Abraços!!=]

  2. biografa 05/04/2009 às 21:10 #

    Também amo meu país e minha cidade, Fortaleza. Mas, temos muuuuuito a desenvolver aqui.
    O designer Geraldo Jesuíno diz que não somos provincianos, somos na verdade pré-vincianos.
    Lamento muito ver a educação superior tão desenvolvida em locais pertinho daqui, no próprio nordeste,
    e Fortaleza ainda está a léguas de distância. Essa conversa vai longe. Quanto as cotas também discordo totalmente. É preciso melhorar o ensino e ofertar mais vagas.
    Estou ótima… Trabalhando muito, estou de volta ao blog.
    Apareça mais por aqui.
    bjs

  3. Enoe Cristina Amorim 07/04/2009 às 21:10 #

    Lu, é verdade. Infelizmente é verdade. Estando longe, observo isso muito bem. Aqui onde estou, há uma produção grande de cultura. Há eventos importantes. Acho que você poderia revolucionar Fortaleza. Que tal? Beijos

  4. biografa 08/04/2009 às 21:10 #

    Eita, que tu estica a baladeira, hein?
    Revolucionar é difícil e leva muito tempo. Mas, farei o que puder ser feito para mudar o cenário atual.
    Qualquer dia te visito, Preta, para ver mesmo é verdade tudo isso que dizem daí. rsrsrss

    beijos

  5. Ademir Furtado 17/04/2009 às 21:10 #

    Provincianismo Nacional.
    Olá amiga. Já nos cruzamos em algum blog desse imenso espaço virtual. Acho que foi no Manufatura Nova
    Bem, venho aqui te trazer um pouco de consolo, se é que as desgraças alheias servem para consolar as próprias. Porto Alegre é igual. Aqui quando se fala em Jornalismo Literário ainda tem gente que pensa que é o jornalista que faz resenha de livros.
    Em 2006 teve um curso promovido pelo TextoVivo, eu ia participar e na última hora não pude. Pois nunca mais ouvi falar em nada a respeito.
    A programação cultural daqui se resume a obviedades, e aos eventos já consagrados.
    É lamentável, mas a caipirice e a mesmice tomaram conta das mentes até dos meios acadêmicos.
    E aqui nem praia linda tem. Pra você ver a minha situação
    Abraços
    Ademir

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